O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) uma ordem executiva buscando adiar por 75 dias a aplicação de uma proibição aplicativo de vídeos curtos TikTok, que estava programado para ser encerrado no domingo (19).
A medida instrui o procurador-geral a não aplicar a lei “para permitir que minha administração tenha a oportunidade de determinar o curso de ação apropriado em relação ao TikTok”. Trump também disse que os EUA deveriam ter direito a metade da empresa caso ele seja autorizado a operar no país.
Quando questionado sobre o que a ordem do TikTok faz, Trump disse “apenas me deu o direito de vendê-lo ou fechá-lo”, acrescentando que precisava tomar uma decisão.
A medida também instrui o Departamento de Justiça a emitir cartas para empresas como Apple, Google da Alphabet e Oracle que trabalham com o TikTok “afirmando que não houve violação do estatuto e que não há responsabilidade por qualquer conduta ocorrida durante o período especificado.”
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, participou da cerimônia de posse mais cedo nesta segunda, embora ele não estivesse tão bem posicionado quanto Mark Zuckerberg, Elon Musk e Jeff Bezos.
O último fim de semana foi marcado por um vaivém na disputa entre autoridades americanas e a empresa chinesa que controla a plataforma.
Em tese, o TikTok deveria parar de funcionar nos EUA a partir de domingo (19), devido a uma legislação do país, mas a suspensão durou poucas horas, à medida que Trump sinalizava que permitiria o funcionamento da rede social assim que assumisse o poder.
A decisão de Trump apenas adia a suspensão do TikTok, mas já aponta o interesse do republicano em manter uma boa relação com os executivos da plataforma. O americano, aliás, sugeriu que a ByteDance, dona do TikTok, vendesse metade de seu capital para os americanos, o que afrouxaria as acusações de espionagem contra a plataforma.
A porta-voz do Ministério do Exterior da China, Mao Ning, em coletiva na madrugada desta segunda (20), afirmou que o TikTok deveria “decidir de forma independente” o que fazer, em resposta sobre a proposta de Trump.