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Três tecnologias em alta no setor de banking brasileiro

Três tecnologias em alta no setor de banking brasileiro

O setor bancário é um dos grandes pioneiros na implementação de novas tecnologias e, nos últimos dois anos, foi possível observar um verdadeiro salto nesse sentido, com a solidificação do Open Banking e do PIX.

Apesar de tantos avanços, o segmento enfrenta um momento particularmente desafiador, reflexo de um cenário político e econômico turbulento e imprevisível, a nível global.

No Brasil, já é possível observar os efeitos dessa conjuntura, com a previsão da taxa básica de juros (Selic) em 12,50% ao ano em 2023, e a projeção de alta na inflação, que aumentou de 6,04% para 6,05% segundo o último relatório Focus emitido pelo Banco Central no início do mês de maio.

Somado a isso, deve-se levar em consideração os impactos do significativo aumento da inclusão digital nos últimos anos, que tem transformado o comportamento do consumidor, cada dia mais conectado – segundo relatório publicado pela Ericsson Mobility, o número de usuários da tecnologia 5G deve chegar a 5 bilhões em 2028.

“Tais mudanças têm impacto direto nos hábitos de consumo, e os produtos bancários devem acompanhar essas tendências, adaptando-se. Nesse sentido, a tecnologia é uma grande aliada, já que possibilita a implementação de soluções moldáveis e disruptivas para atender a essas novas demandas”, explica Jacinto Godoy, especialista em banking na Softtek Brasil, multinacional mexicana líder no setor de TI da América Latina.

Ainda segundo Jacinto, internamente, a organização dos bancos será impactada. A redução e digitalização de infraestruturas seguirá sendo uma tendência, através de uma transferência exponencial das operações aos canais online.  “Os modelos operacionais híbridos se tornarão a principal opção para as interações com os consumidores e entre os membros das entidades. Além disso, o avanço de novas tecnologias, como IA, Big Data, realidade virtual ou blockchain, bem como a adoção em massa de criptomoedas e modelos DeFi (isto é, finanças descentralizadas), também exigirão uma adaptação dos processos internos, mudando a morfologia dos produtos e serviços da organização”, observa o executivo. 

A seguir, confira a análise de três grandes tendências para o setor de banking em 2023.

Banking as a Service (BaaS)

Banking as a Service, ou BaaS, é um modelo capaz de estender os serviços da indústria bancária para várias áreas, complementando as operações e oferecendo um rol de serviços cada dia mais completo e personalizado para os consumidores.

Através da integração de empresas não bancárias com o sistema bancário, por meio de APIs, e utilizando infraestrutura regulada, o Banking as a Service possibilita novas oportunidades de negócios e serviços.

Segundo levantamento realizado pela Future Market Insights, o mercado de Banking as a Service faturou mais de US$2,5 bilhões em 2020, e a projeção é que este número aumente para US$12,2 bilhões em 10 anos, crescendo aproximadamente 15,7% ao ano até lá.

“Muitos países já têm introduzido regras regulatórias para esse modelo de negócio, indicando que a indústria de serviços financeiros está caminhando em direção a uma era onde os produtos bancários serão cada dia mais acessíveis”, explica Jacinto.

ChatGPT

Em meio a aplausos e controvérsias, é inegável que a tecnologia de comunicação através de Inteligência Artificial veio para ficar. O ChatBot é uma das ferramentas precursoras desse modelo tecnológico, e permite uma conversação entre humano e máquina através de regras e padrões estabelecidos manualmente, de forma prévia.

Mas o grande destaque do momento é o ChatGPT (sigla para Generative Pre-Trained Transformer) desenvolvido em 2019 pela empresa americana Open IA, e que já está em sua quarta versão.

“Na prática, a plataforma utiliza um algoritmo baseado em redes neurais que permitem a conversação com o usuário a partir do processamento de um imenso volume de dados, baseado em milhares de exemplos de linguagem humana”, diz Jacinto.

Por esse motivo, a tecnologia entende em profundidade o contexto das solicitações dos usuários e consegue manter uma conversação muito mais complexa que a do ChatBot, por exemplo.

Além disso, o modelo tem a capacidade de escrever textos simples, que podem ser revisados e complementados posteriormente pelo usuário.

Segundo levantamento realizado pelo banco suíço UBS, o ChatGPT atingiu 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro deste ano, apenas dois meses após o lançamento, tornando-se o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história.

Para o setor bancário, o ChatGPT pode ser um grande aliado, sendo integrado ao sistema da instituição e auxiliando em diversas frentes, desde a automação de processos, comunicação com os consumidores e até mesmo na cibersegurança, auxiliando na detecção de fraudes e identificando possíveis riscos de mercado. Tudo isso com base em dados.

Nuvem pública para banking

Relatório ISG Provider Lens aponta que o setor de serviços financeiros no Brasil acelerou sua migração para a nuvem no último ano, seguindo uma tendência mundial.

De acordo com a análise “Hype Cycle for Digital Banking Transformation 2022”, realizada pelo Gartner, a adoção da nuvem pública tem se tornado cada vez mais recorrente no setor de banking, pois permite que os bancos alcancem um maior nível de eficiência e agilidade ao mover cargas de trabalho para o cloud.

As nuvens voltadas para o setor bancário fornecem softwares específicos para o ramo, integrando aplicativos em diferentes graus em um ecossistema de nuvem pública.

Por meio dela, os bancos conseguem otimizar sua infraestrutura de dados, entregando rapidamente os dados de teste para acelerar novas versões das aplicações, de forma simples e ágil, e em conformidade com as obrigações regulatórias como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

Os bancos também podem centralizar aplicativos e plataformas que facilitam o desenvolvimento e o teste, evitando sobreposições ou duplicações.

“Dentre as vantagens da adoção da nuvem pública para os bancos estão também a liberação de recursos para o desenvolvimento de ativos digitais, centralizando-os e otimizando-os, bem como a redução nos custos fixos, ao evitar infraestruturas sobredimensionadas”, completa Jacinto.

Fonte: Softtek

Veja a matéria original no R7

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