Google e Apple defendem lojas digitais em ação no Cade
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Para defender o atual sistema, Pace afirmou que todos os aplicativos disponíveis na App Store passam pelo processo de revisão por especialistas. “Também é feita a verificação de malware e outras ameaças. Assim os usuários sabem que podem instalar e explorar com segurança e confiança aplicativos de desenvolvedores novos ou menos conhecidos”, disse.
A representante da Google seguiu a mesma argumentação em defesa da segurança proporcionada pela Play Store, além de argumentar que os desenvolvedores de aplicativos contam com igualdade de condições no Android.
“O programa de compatibilidade é crucial para desenvolvedores de aplicativos, fabricantes e, em última análise, também para os consumidores”, disse a executiva da Google, Regina Chamma, responsável por liderar o Google Play na América Latina.
A desenvolvedora de jogos Epic Games, por outro lado, foi um dos participantes da audiência a criticar as big techs. Segundo o Diretor sênior de desenvolvimento de jogos na empresa, Maurício Longoni, se o aplicativo desenvolvido oferece ao consumidor a capacidade de fazer compras de bens digitais, além da obrigatoriedade em usar os sistemas de pagamento da Apple ou do Google, os desenvolvedores são submetidos “a termos e taxas arbitrários e onerosos de até 30%, ou então correm o risco de serem excluídos dos dispositivos iOS ou Android”.
“O desenvolvedor deve então, com isso, decidir se repassa essas taxas extras para o consumidor na forma de preços mais altos ou se absorve as taxas e investe menos em crescimento e desenvolvimento de produtos”, disse.
A Zetta, que representa empresas de tecnologia com atuação no setor financeiro, também fez ressalvas ao modelo.