Quem está por trás da World, empresa que paga por foto da íris
Blania se dedicou a estudar inteligência artificial durante um mestrado no Instituto Max Planck e como pesquisador no Instituto de Informação e Matéria Quântica da Cal Tech. Ele deixou os estudos para trabalhar na TFH.
Além do projeto de escaneamento da íris, ele também está por trás do criptoativo worldcoin, que é um dos segmentos do projeto World —quem escaneia a íris recebe worldcoin, que pode ser trocada por reais.
Governo investiga ações no Brasil
A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, disse ter instaurado processo de fiscalização. O objetivo é “investigar o tratamento de dados biométricos de usuários no contexto do projeto World ID”. A ANPD afirmou, ainda, que pediu esclarecimentos à Tools for Humanity sobre oito pontos, entre eles, o contexto em que ocorrem as atividades e a transparência do tratamento de dados pessoais.
A Tools for Humanity encaminhou os documentos e as informações requeridas. Atualmente, o processo encontra-se em fase de análise da documentação apresentada.
ANPD, em nota
A ANPD lembrou que dados biométricos, como a íris, são informações sensíveis. Por isso, recomenda-se cautela ao compartilhar as informações. A World diz não armazenar as imagens das íris das pessoas —segundo a empresa, o World ID é gerado e as imagens são apagadas.