Como iPhones roubados no Brasil vão parar na China?

O Brasil é signatário de um acordo de cooperação que abrange vários países. Então, se um telefone for roubado aqui, e tiver um registro de ocorrência citando o Imei (“espécie de RG do celular”), ele não deve funcionar nos territórios cobertos pelo acordo, o que inclui o continente americano, Europa, Austrália e Nova Zelândia.
Questionada sobre o assunto, a Anatel diz que o Brasil está conectado na maior base de terminais roubados desde 2015, administrada pela GSMA (organização que representa operadoras ao nível mundial). A agência, no entanto, menciona que cada país é livre para se conectar a essa base mundial de aparelhos — sem citar exatamente quais nações fazem parte ou não desse acordo.
Consultada, a GSMA informou que sua lista de bloqueios de aparelhos roubados abrange 130 de 800 operadoras ao redor do mundo e cadastro de terminais roubados abrange América do Sul, América do Norte, Europa Ocidental, África do Sul e Nova Zelândia. A associação pontua, no entanto, que há pouco comprometimento de alguns governos para tomar ação.
Problema mundial
Telefones roubados e detectados longe do país de origem é problema mundial. Em fóruns na internet, há diversas menções a aparelhos subtraídos que foram parar em Shenzhen, considerada uma espécie e “Vale do Silício” da China, além de Hong Kong.
O endereço Hung To Road, citado na postagem do Rodrigo, é uma área de Hong Kong com vários shoppings. Segundo informações de fóruns, como o Reddit, trata-se de uma região com muitos shoppings e áreas de conserto de celulares.