Operadoras de TV a cabo dos EUA acertam negócio de US$21,9 bi

A estratégia da Charter de combinar internet, TV e serviços móveis em um único pacote personalizável ajudou a empresa a superar as estimativas de receita trimestral no mês passado. Analistas dizem que o apelo da estratégia é óbvio, mas ela precisa de escala, já que as empresas de cabo dependem do aluguel de acesso à rede das principais operadoras para oferecer planos de telefonia móveis.
“Essa combinação aumentará nossa capacidade de inovar e fornecer produtos de alta qualidade e com preços competitivos”, disse o presidente-executivo da Charter, Chris Winfrey, que comandará a empresa combinada.
Como parte do acordo em dinheiro e ações, a Charter também assumirá a dívida líquida de cerca de US$12,6 bilhões da Cox e outras obrigações. Isso dá ao negócio um valor empresarial de cerca de US$34,5 bilhões.
A Cox Enterprises será proprietária de cerca de 23% da entidade resultante da fusão, com seu presidente-executivo, Alex Taylor, atuando como presidente do conselho. A empresa combinada será rebatizada como Cox Communications dentro de um ano após o fechamento do negócio.
A Cox Communications é a maior divisão da Cox Enterprises – uma empresa de controle familiar fundada em 1898 pelo ex-governador de Ohio James Cox, com interesses em TV a cabo, automóveis e mídia, incluindo a Axios.
Charter e Cox haviam discutido uma fusão em 2013 antes de desistirem da ideia. Mas as especulações voltaram a crescer nos últimos meses, depois que o bilionário da TV a cabo John Malone disse em novembro que a Charter deveria ter permissão para se fundir com rivais como a Cox, logo depois que a Charter acertou acordo para comprar a Liberty Broadband.