capivaras ganham fãs e até homenagem

Escritor declara que a capivara “ganhou seu coração”. O escritor narra como foi sua primeira experiência com uma capivara, em um café em Tóquio, no Japão, onde humanos podem interagir com o animal. “Sentei-me em um sofá ao lado de Pisuke, que olhava para frente com os dois olhos em forma de coco, gerando o que parecia ser simpatia e calma em toda a sala”, relata.
Tomei um gole de café e passei para ele [a capivara com quem estava interagindo] um palito de cenoura. Ele não agarrou a cenoura com a boca como, digamos, um cachorro faria, mas se virou lenta e delicadamente em minha direção e a mastigou com seus longos e descoloridos dentes de roedor, com sua língua minúscula, quase humana. Gary Shteyngart para o The New Yorker
A magia pela capivara
Hábitos e características da capivara podem ser responsáveis pelo sentimento causado nas pessoas que a observam. Além de ficarem com soluço e carregar laranjas na cabeça, as capivaras, de acordo com o escritor, deixam que os pássaros pousem em suas costas e comam a sujeira de seu pelo, “abraçam macacos e lambem bebês cangurus”. Ainda segundo Shteyngart, um grupo de capivaras adotou um gato em um zoológico japonês.
No Japão, algumas capivaras são tratadas com banhos termais. Segundo a emissora local Nippon Television, um ritual de inverno no zoológico Izu Shaboten, na cidade de Shizuoka, consiste em adicionar yuzu, uma fruta cítrica asiática, ao banho dos animais na tentativa de amenizar o frio. Em entrevista ao canal japonês, uma visitante do zoológico afirma que as capivaras “são muito bonitinhas” e conta que viajou por duas horas para acompanhar o famoso banho com yuzu proporcionado ao grupo de animais que mora no local.