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Mulheres ganham direitos em igualdade de gênero, mas foram mais afetadas pela pandemia, diz Banco Mundial

Estudo mostra que 27 países implementaram novas legislações que beneficiaram as mulheres na luta pela igualdade de gênero econômica. Por outro lado, a Covid-19 afetou setores em que elas são maioria. As mulheres possuem, em média, 75% dos direitos legais concedidos aos homens em suas vidas profissionais, mostrou um levantamento do Banco Mundial divulgado nesta terça-feira (23). O estudo global avalia o quanto as leis interferem na carreira e na vida econômica delas.
O resultado da pontuação média no índice de igualdade legal entre os gêneros em 2020, de 76,1 pontos, é melhor que o de 2019, quando foram 75,5 pontos.
A pontuação, que vai de 0 a 100, é medida por indicadores como mobilidade, local de trabalho, remuneração, casamento, maternidade, empreendedorismo, bens e benefícios sociais. A pesquisa foi realizada entre setembro de 2019 e outubro de 2020, em 190 economias diferentes.
Crescimento de igualdade
O aumento da igualdade entre os gêneros pode ser visto em ao menos dois pontos da pesquisa. Nos resultados de 2020, 10 economias tiveram pontuações máximas (100 pontos), contra 8 do ano anterior. Foram eles: Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Irlanda, Letônia, Luxemburgo, Portugal e Suécia.
Entre os campeões, Portugal e Irlanda tiveram novidades no período envolvendo legislações que favoreceram a igualdade.
As novidades entre leis são o segundo ponto de melhoria no último ano. Ao todo, foram 36 mudanças em 27 economias.
Entre elas estão licenças maternidade e paternidade, permissão para emissão de passaporte (na Jordânia), obrigatoriedade de salários iguais entre os gêneros e proibições de discriminações em diversos setores econômicos.
Brasil
O Brasil foi um dos que subiram de pontuação por mudanças em leis, que resultam e benefícios para a igualdade das mulheres. Na pesquisa mais recente, o Brasil obteve 85 pontos, contra 81,9 da feita em 2019.
De acordo com o estudo, isso se deve às reformas da previdência de 2019, que acabou com a aposentadoria por idade.
Mulheres e a Covid-19
Para o Banco Central, a pandemia do coronavírus teve maior impacto sobre as mulheres, que ocupam em maior proporção setores afetados pela crise mundial, como o sistema de saúde. Dados revelam ainda uma queda na proporção de mulheres empregadas em tempo integral com a chegada da pandemia.
Além disso, elas também foram forçadas a abandonar seus trabalhos, mesmo que fora de serviços essenciais e/ou de maior participação feminina, para cuidarem de seus filhos.
“Para trabalhadores da linha de frente que não podem trabalhar em casa – a maioria dos quais em todo o mundo são mulheres – fechamentos de escolas e creches foram particularmente desafiadores”, diz o estudo.
“Mesmo quando ambos os pais tiveram a sorte de poderem de trabalhar em casa, os homens ainda não realizavam a mesma quantidade de cuidados infantis e trabalho não remunerado como as mulheres. Além disso, muitos empregadores discriminaram mães pela falta de onde deixar os filhos”, completa.
Veja as dez economias com melhores e piores notas, segundo o Banco Mundial
Melhores notas:
Bélgica (100);
Canadá (100);
Dinamarca (100);
França (100);
Islândia (100);
Irlanda (100);
Letônia (100);
Luxemburgo (100);
Portugal (100);
Suécia (100).
Piores notas:
Guiné-Bissau (42,5);
Afeganistão (38,1);
Síria (36,9);
Omã (35,6);
Irã (31,3);
Catar (29,4);
Sudão (29,4);
Kuwait (28,8);
Iêmen (26,9);
Territórios Palestinos (26,3).
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