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Menos de 20% dos profissionais têm auxílio da empresa para pagar luz, internet e telefone no home office, diz pesquisa


Entre os profissionais ouvidos, 36% disseram ter recebido treinamento e acesso a ferramentas digitais para otimizar o trabalho em equipe e 35% receberam da empresa o equipamento necessário para fazer seu trabalho adequadamente. Home office
Anete Lusina/Pexels
Pesquisa do site de empregos Indeed mostra que a maioria dos entrevistados que estão trabalhando em home office não recebem ajuda de custo das empresas para os gastos com energia, internet e telefone. Por outro lado, os profissionais citam a economia em transporte, alimentação fora de casa e outros gastos ligados ao deslocamento como vantagens de trabalhar remotamente.
O home office requer uma estrutura que não tem sido levada em conta pelos empregadores. Entre os profissionais ouvidos, apenas 36% disseram ter recebido treinamento e acesso a ferramentas digitais para otimizar o trabalho em equipe e 35% receberam da empresa o equipamento necessário para fazer seu trabalho adequadamente. Os períodos de desconexão só têm sido respeitados por gestores e colegas de 33% dos respondentes.
Mas o problema mais comum parece estar nos custos do home office, que não estão sendo ressarcidos pelas empresas. Apenas 11% disseram que o empregador paga o custo proporcional da eletricidade e 18% recebem o custo dos serviços de telecomunicações, como internet e telefone.
Empresas avaliam manter home office mesmo com o fim da pandemia
Quando perguntados sobre as principais vantagens do home office, 60% citaram a economia em transporte, alimentação fora de casa e outros gastos ligados ao deslocamento.
As outras vantagens mais citadas são um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional (55%), não precisar pegar transporte público ou congestionamentos (54%) e ter mais tempo para tarefas domésticas e familiares (47%). Uma parcela pequena, de 8%, apontou ainda o fato de não precisar socializar com colegas de trabalho.
“O deslocamento até o local de trabalho costuma ser um grande fator de estresse para muitos profissionais brasileiros. Além dos custos elevados com passagens e combustível, sente-se que o tempo gasto nesse percurso, muitas vezes em condições nada confortáveis, poderia ser empregado de forma muito mais satisfatória em outro lugar”, explica Felipe Calbucci, diretor de vendas do Indeed no Brasil.
Para maioria, home office veio para ficar
Com o avanço da vacinação no Brasil, ganham força também as discussões sobre como será o trabalho no pós-pandemia. Embora o cenário ainda esteja incerto, mais da metade dos profissionais ouvidos (53%) acredita que o trabalho remoto veio para ficar. Já 30% acham que se trata apenas de uma fase.
Além disso, muitos profissionais acreditam que o home office está provocando transformações importantes no mercado de trabalho. Para 22%, ele aumentará a concorrência e tornará mais difícil encontrar um emprego. Mas 35% têm uma visão mais otimista: para eles, ficará mais fácil achar um emprego.
“O trabalho remoto permite que profissionais de diferentes localidades concorram às vagas, o que amplia as oportunidades para os profissionais que moram longe dos grandes centros. Por outro lado, isso pode aumentar a concorrência em alguns casos”, pondera Calbucci.
A pesquisa do Indeed ouviu 847 profissionais de diferentes áreas em julho.

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