o que está em jogo no julgamento da Meta

Espaço para a concorrência. Quebrar a família de aplicativos da Meta poderia abrir espaço para novos concorrentes, mas não necessariamente americanos. O surgimento meteórico do TikTok e as rápidas transformações no cenário tecnológico mostram que a competição pela atenção é global.
A Meta argumentou que a ideia de monopólio da FTC desconsiderava concorrentes gigantes, como o YouTube. Para a comissão, Instagram e WhatsApp cresceriam e virariam oponentes de peso, mas a empresa rebateu: foram seus investimentos que transformaram a dupla na potência de hoje. A empresa diz ainda que as aquisições foram legais e inclusive aprovadas pela própria FTC, além de beneficiarem os consumidores.
Governo entrou com ação contra Meta em 2020. Recentemente, Zuckerberg, dono da terceira maior fortuna do mundo, fez várias visitas à Casa Branca para conseguir que o presidente Donald Trump o ajudasse a evitar o julgamento e a chegar a um acordo com a FTC.
“Ficaria muito surpreso se algo assim acontecesse”, disse o chefe da FTC, Andrew Ferguson, ao The Verge.
Doações para Trump. Como parte de seus esforços para evitar o julgamento, Zuckerberg fez doações para a posse de Trump —em 20 de janeiro—, nomeou aliados republicanos para cargos importantes da Meta e flexibilizou normas de moderação de conteúdo.
*Com AFP, Reuters e Estadão Conteúdo