Corte de cabos submarinos de internet dispara alerta de OTAN e ONU

Outro dos cabos danificados fica no Mar Báltico e conecta Letônia e Suécia. A localização faz com que surjam os primeiros suspeitos. O novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, conta por que a autoria pela quebra dos cabos virou um novo mistério no mundo das telecomunicações.
À primeira vista, o primeiro candidato a sabotador na Europa é a Rússia, ainda mais porque o Mar Báltico -que separa esses países– é uma saída importante de navios russos. Mas não se trata de navios certificados, e sim de uma frota fantasma. Navios que levam petróleo sem certificação e passam abaixo do radar, porque a Rússia está sob uma sanção desde o início da guerra com a Ucrânia
Helton Simões Gomes, colunista de Tilt
Os países afetados apontam a Rússia como principal suspeita. Sem citar nomes, Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, afirmou ter sido uma “ação híbrida” de sabotagem.
Em comunicado, o governo da Suécia afirma que a situação deveria ser avaliada em meio à “crescente ameaça representada pela Rússia em nossa vizinhança como pano de fundo”.
À luz dos incidentes recentes, como cabos de telecomunicações no mar Báltico foram danificados, após a investigação, a UE e os estados-membros devem fazer o melhor uso de seu mais novo regime de sanções para tal sabotagem de infraestrutura crítica
Laurynas Kasčiūnas, Ministro da Defesa Nacional da Suécia
O temor da Europa é uma reedição de ataques à infraestrutura de comunicação que ocorreram na Guerra Fria.