Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira
Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 0,74%, aos 103.434 pontos. Sede da B3
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (17), com investidores atentos a dados dos Estados Unidos, aguardando sinais da decisão de política monetária do Fed. Investidores também monitoram o noticiário referente ao setor bancário global e o avanço do novo arcabouço fiscal no Brasil.
Às 11h14, o índice caía 1,17%, aos 102.222 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa teve alta de 0,74%, aos 103.434 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular perdas de 1,43% no mês e de 5,74% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Os indicadores econômicos dos Estados Unidos continuam sendo a tônica do mercado, de olho nos efeitos que terão sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem.
São esperados os resultados de produção industrial de fevereiro, que atesta a saúde da atividade americana, e a divulgação do relatório de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que os investidores observarão, em especial, o comportamento das expectativas de inflação de curto e de longo prazo no país.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso prejudica os ativos de risco, como o mercado de ações.
Ainda por lá, ainda repercute a história de mais um banco norte-americano que enfrenta problemas de liquidez em meio à crise de confiança que atinge o setor desde a última semana. O First Republic Bank, um banco médio da Califórnia, sentiu fortemente os impactos do mercado e viu suas ações derreterem nos últimos dias.
Os riscos de quebra e a possível contaminação do sistema bancário fez os principais credores dos Estados Unidos se movimentarem e, após negociações, anunciarem um depósito de US$ 30 bilhões em reforço às finanças da instituição. O grupo conta com 11 grandes bancos, incluindo o JPMorgan Chase & Co, Morgan Stanley e Goldman Sachs.
Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta sexta-feira o projeto do novo arcabouço fiscal – proposta que busca substituir o atual teto de gastos como ferramenta de controle dos gastos públicos.
A ideia é criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas sem gerar descontrole nas contas públicas. A regra atual, do teto de gastos, impede desde 2017 que a maioria das despesas do governo cresça em um ritmo mais acelerado que a inflação do período.
Os detalhes da proposta são mantidos em sigilo, mas o governo deve propor um mecanismo mais “complexo” que o atual. Além da inflação e do gasto total, a nova regra fiscal deve levar em conta fatores como o crescimento da economia e a trajetória da dívida pública, por exemplo.
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