Huawei vira foco de nova operação anticorrupção no Parlamento Europeu

Um suspeito foi preso na França sob um mandado de prisão europeu emitido pelos tribunais belgas. Segundo o jornal belga Le Soir, vários lobistas ativos no Parlamento Europeu foram presos durante esta operação policial internacional na manhã de quinta-feira, e no centro da investigação está um ex-assistente parlamentar empregado como diretor de relações públicas no escritório da Huawei em Bruxelas.
“A suposta corrupção teria ocorrido em benefício da empresa Huawei”, disse o Ministério Público à tarde. Inicialmente, ele se recusou a confirmar que o fabricante chinês de smartphones era quem praticava os subornos.
O Ministério Público Federal relatou um total de 21 buscas na Bélgica, e outras três foram solicitadas em Portugal. Uma empresa suspeita de receber transferências destinadas a eurodeputados está sediada neste país, segundo o jornal Le Soir.
A justiça portuguesa confirmou à AFP que realizou buscas no seu território a pedido das autoridades belgas, sem fornecer mais detalhes.
“Organização criminosa”
A investigação envolve “corrupção ativa no Parlamento Europeu”, “falsificação e uso de documentos falsos”, no contexto de uma “organização criminosa”. Os pagamentos ou outros benefícios financeiros foram supostamente ocultados “em fluxos financeiros vinculados ao pagamento de despesas de conferências e pagos a vários intermediários”. Dezenas de documentos e objetos foram apreendidos para análise.