Grupo que se opôs à reestruturação da OpenAI levanta preocupações sobre novo plano de renovação

A carta foi parte de uma série de críticas e desafios legais, incluindo uma ação judicial de grande visibilidade movida pelo rival e cofundador Elon Musk, que levou a OpenAI a reduzir seu plano de reestruturação.
A OpenAI, na qual a Microsoft investiu mais de US$13 bilhões, agora planeja converter sua divisão com fins lucrativos em uma corporação de benefício público (PBC, na sigla em inglês), com a matriz sem fins lucrativos mantendo o controle da PBC e se tornando uma “grande acionista” — o que, segundo a startup, permitirá que a OpenAI levante mais capital para manter o ritmo na dispendiosa corrida da IA.
Uma PBC é uma estrutura projetada para equilibrar os retornos dos acionistas com metas sociais, ao contrário das organizações sem fins lucrativos, que se concentram exclusivamente no bem público.
No entanto, a carta de segunda-feira diz que o novo plano da OpenAI diminui significativamente a autoridade existente da organização sem fins lucrativos. Em primeiro lugar, a atual entidade com fins lucrativos da OpenAI deve promover sua missão e seu estatuto acima dos interesses dos investidores, enquanto a PBC proposta não deve fazer isso, segundo o docuemnto.
Em segundo lugar, a organização sem fins lucrativos da OpenAI, como gestora exclusiva, detém hoje 100% do controle sobre sua divisão com fins lucrativos, o que lhe confere poder operacional no dia a dia, como a capacidade de demitir executivos. Na reestruturação proposta, a organização sem fins lucrativos deixaria de ter controle total sobre a PBC — o que o grupo considerou preocupante, pois os poderes de fiscalização dos procuradores-gerais derivam exclusivamente da autoridade da entidade sem fins lucrativos.
(Reportagem de Anna Tong em San Francisco)