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Facebook completa 20 anos de ‘revolução’; veja o que mudou – 02/02/2024 – Tec

Fundado há 20 anos como um simples espaço virtual para encontrar amigos, o Facebook se tornou um gigante endurecido por mil batalhas que, apesar de se pensar que é apenas para pais e “boomers”, continua crescendo.

“Nunca esquecerei o dia em que corri para o laboratório Mac da minha escola e me inscrevi no Facebook”, disse Jasmine Enberg, analista da Insider Intelligence, à AFP.

“Você sentia ao mesmo tempo que era parte dessa pequena e exclusiva comunidade onde seus pais, avós e professores não estavam (…), mas também parte de algo muito maior”, lembra.

Lançado como thefacebook.com por Mark Zuckerberg e três amigos em 4 de fevereiro de 2004, o portal estava disponível apenas para estudantes da Harvard College. Foi aberto ao público em geral em 2006.

O Facebook se tornou um lugar para se conectar com quase todo mundo, em todos os lugares. Em 2023, estima-se que seja utilizado por mais de 3 bilhões de pessoas mensalmente, um crescimento de 3% na comparação com o ano anterior.

“Quando foi lançado, o Facebook era revolucionário”, afirmou Enberg.

“É difícil exagerar o impacto que teve em moldar tudo, da cultura pop até a forma como nos comportamos na Internet”, completou.

Quanto mais os usuários interagissem na rede social, que exibia fotos, comentários e outras publicações, mais esta podia exibir anúncios para ganhar dinheiro com a vasta quantidade de informação que as pessoas compartilhavam.

O Facebook é reconhecido por ter ajudado a abrir a porta para que os conteúdos “se tornassem virais” e por ter promovido a tendência de veículos de comunicação puramente digitais.

Gigante da publicidade

O Facebook ganhou reputação por comprar, ou copiar, seus potenciais concorrentes. Agora, alimenta uma “família” de plataformas, incluindo Instagram e WhatsApp.

Ainda no comando da empresa, Zuckerberg manteve a estratégia de investir pesado na conquista de usuários antes de integrar métodos para gerar lucros, como a publicidade direcionada.

“Continua sendo irresistível para os anunciantes, graças ao seu alcance e desempenho”, observou Enberg.

Junto com o Google, o Facebook se tornou um gigante da publicidade na Internet, com lucros que atingiram os US$ 23 bilhões (R$ 113,1 bilhões na cotação atual) em 2022, um ano considerado ruim para a empresa sediada no Vale do Silício.

A plataforma “faz parte do panorama digital”, especialmente para os “millennials” nascidos nas décadas de 1980 e 1990, segundo a analista.

O modelo de negócios de usar informações pessoais para oferecer mais conteúdo que capte a atenção dos usuários, assim como a publicidade direcionada, rendeu ações judiciais e multas ao Facebook.

Desde acusações de que a Rússia usou a plataforma para tentar influenciar o resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos de 2016, até acusações em 2021 de que os diretores colocaram o lucro na frente do bem-estar dos usuários, colocaram-na no olho da tempestade.

Apesar disso, o Facebook continua a crescer, o que lhe tem permitido investir em inovações como Inteligência Artificial e realidade virtual.

Com o argumento de que Zuckerberg sonhava com um mundo virtual e imersivo, o qual chamaria de “metaverso”, o Facebook mudou o nome de sua controladora para “Meta” no final de 2021.

“Não tem alternativa”

“É possível que estejamos menos envolvidos, mas não saímos porque realmente não tem alternativa”, explicou Carolina Milanesi, analista de estratégias criativas.

O Facebook esteve em voga com a adição de “grupos”, que permitem formar comunidades com base em interesses comuns, e ganhou popularidade com as funções do Marketplace para comprar, ou vender produtos.

Enberg considera a compra do Instagram em 2012 uma das melhores decisões do Facebook, como parte da mudança para os smartphones. A medida eliminou um rival, proporcionou uma nova plataforma para publicidade e atraiu jovens usuários que estavam perdendo o interesse na antiga rede.

Hoje, mais da metade dos usuários do Facebook tem entre 18 e 34 anos, segundo pesquisas do DataReportal. O nível de envolvimento dos usuários continua sendo, no entanto, difícil de medir.

“Entro muito pouco no Facebook, mas o que posto no Instagram automaticamente aparece no Facebook”, diz Milanesi.

“Portanto, certamente sou contado como ‘ativo’. Os números podem não refletir a realidade”, acrescenta.

Visto primeiro na Folha de São Paulo

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