Como vencer a guerra contra as insuportáveis ligações de telemarketing

Como vencer a guerra contra as insuportáveis ligações de telemarketing

Em outros casos, explica Fernando Di Gianni, mestre em ciência da computação e professor de tecnologia da Fatec, os robôs são programados apenas para descobrir se tem alguém em casa. Uma vez que você atendeu, ele derruba a ligação e atualiza o banco de dados com essa informação. “Dependendo da programação do robô e da sofisticação do sistema ou se há um sistema de inteligência artificial, ele pode até identificar algumas características da pessoa que atendeu a ligação”, conta.

Para o Sintelmark (sindicato das empresas especializadas nas relações com clientes), o uso dos robôs economiza tempo e aumenta a assertividade no atendimento. Só que empresas pouco profissionais usam a tecnologia de forma errada ou inadequada, o que a entidade condena.

Recentemente, a Anatel divulgou dados que mostram que as robocalls aumentaram no Brasil, só em abril, foram registradas 10,22 bilhões. Em janeiro e fevereiro deste ano foram quase 24 bilhões de ligações automáticas, o equivalente a 23 mil ligações por segundo. Um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2024.

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É preciso inverter o jogo

Falta uma lei federal específica para determinar regras e punições para quem perturbar os brasileiros. Só assim, dizem os especialistas ouvidos pela reportagem, as empresas saberiam que quem vai pagar o pato são elas.

Pela Constituição Federal, reforça Diogo Moyses, coordenador de telecomunicações do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), os celulares e telefones fixos não podem ter a privacidade violada. O correto seria ninguém receber telefonemas até que autorize explicitamente o uso do seu número. Como não é isso que acontece, falta uma regulação direcionada.



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