Como Big Techs lidam (ou não) com a publicidade de influencers mirins

Como Big Techs lidam (ou não) com a publicidade de influencers mirins

Esses limites, porém, nem sempre são respeitados nas plataformas digitais. “Qual é a diferença entre divulgar uma boneca na internet e apresentar numa televisão? É publicidade dos dois jeitos”, questiona a procuradora Ana Elisa Segatti, do MPT (Ministério Público do Trabalho).

Propaganda de linha de cosméticos para crianças em perfil de TikTok. A imagem foi alterada para preservar a privacidade da criança Imagem: Imagem: Reprodução/TikTok – Adaptação: Rodrigo Bento/Repórter Brasil

O advogado Christian Printes, gerente jurídico do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), concorda.”Ao enviar os brinquedos e tênis para os influenciadores mirins, o fornecedor espera justamente que seus produtos sejam compartilhados com o público alvo dos influenciadores, que são as crianças”, explica.

Propagandas de videogames, material escolar, roupas e sapatos, comidas e bebidas aparecem em profusão no feed de crianças e adolescentes. Quase metade dos usuários entre 9 e 17 anos (49%) tiveram contato com conteúdos de publicidade inapropriados para sua idade, revela a pesquisa TIC Kids Online.

“Casos de unboxing [gravações de produtos abertos em frente a uma câmera] também podem configurar publicidade infantil abusiva”, reforça Printes, do Idec. A pesquisa TIC Kids Online mostrou que 59% dos usuários assistiram a pessoas desfazendo embalagens e 56% já viram influenciadores exibindo ‘presentes’ de marcas variadas.

A Repórter Brasil entrou em contato com Multikids, Kidy e Nazca, mas não houve resposta até o fechamento da reportagem. O texto será atualizado se os posicionamentos forem enviados.



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