Como seria se um grande asteroide acertasse a Lua?

Outro ponto no qual a Lua influencia o comportamento da Terra envolve o eixo de rotação do nosso planeta. A Terra rotaciona em um plano inclinado em relação ao da sua órbita ao redor do Sol (23,5 graus, para ser mais exato). E quem mantém isso funcionando é a Lua.
Em um cenário sem o satélite, essa inclinação iria variar no decorrer do tempo, deixando o clima no planeta mais instável. Em longo prazo, estima-se que a Terra deixaria de ficar inclinada, o que nos levaria a ter dias extremamente longos e variações climáticas ainda mais extremas.
Sem proteção natural
As diversas marcas de impactos na superfície da Lua são, na verdade, um registro histórico. Por não ter uma atmosfera, não há o processo de erosão promovido pelo vento como na Terra. Como resultado, todos os impactos e marcas provocadas na superfície do nosso satélite acabam sendo permanentes —a não ser, claro, que outro objeto caia no local ou, ainda, algo ou alguém mexa no local.
Essa falta de atmosfera também faz com que qualquer impacto ocorra de maneira direta, independentemente do tamanho do objeto a cair na Lua. Na Terra, por exemplo, o atrito com a atmosfera faz com que asteroides, lixo espacial e qualquer outro tipo de objeto entre em um processo de incineração —e, muitas vezes, queimem antes de chegar ao solo.
Nascida de um impacto
A própria Lua nasceu de um impacto, segundo as teorias mais recentes. Isso teria ocorrido entre 50 e 100 milhões de anos após a formação dos planetas, quando a Terra era uma bola de magma —provavelmente ainda incandescente— e sofreu uma colisão com um planetoide chamado Theia.