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Como a lógica de destruição do inimigo muda com novos imperadores do mundo

Como a lógica de destruição do inimigo muda com novos imperadores do mundo

Freud indicava três características importantes para que uma piada “funcione”: um elemento-surpresa, uma falta de sentido aparente (por exemplo, sofisma, paradoxo ou contradição) e um grupo de referência que “entende a piada”.

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A piada da fundação de Roma

Catão, um senador romano, seguia estes três preceitos de forma muito peculiar em seus discursos, repetindo a expressão: Carthago tem que ser destruída (Carthago Delenda est). O contexto dessa fala são as Guerras Púnicas, do século 2 a.C., entre o Império Romano e a colônia fenícia no norte da África, hoje Tunísia.

Depois de ser derrotados duas vezes, os cartagineses, liderados por Aníbal e conduzindo elefantes entre os Alpes, chegaram às portas de Roma. Curiosamente eles não atacaram.

Este ato aparentemente inexplicável contrasta com César, que, ao cruzar o rio Rubicão com seus exércitos, teria dito: alea jacta est (a sorte está lançada). Foi uma espécie de declaração de fundação do Império Romano que contrariava uma lei explícita da guerra na antiguidade: quando existe uma inferioridade cabal das defesas, o mais forte deve esperar o mais fraco pedir rendição, pelo menos três vezes.

Um Império, assim como o chiste, teria se originado na transgressão de uma lei. Dar voz aos vencidos é recuperar as ruínas, esse era o processo colonizador.



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