Com dificuldades, Airbnb recorre à inteligência artificial
O Airbnb está tendo dificuldades em seu modelo de negócios, e agora recorre à inteligência artificial (IA) para implementar melhorias. A plataforma não tem tido um ano fácil.
Em março, houve um movimento de anfitriões se manifestando no X (antigo Twitter) sobre a redução de suas margens de lucro e uma possível bolha de aluguel de curto prazo.
Depois o Vrbo, seu concorrente, lançou um recurso que era cobrado por clientes há muito tempo: um programa de fidelidade. Para piorar, a cidade de Nova York endureceu as regras sobre aluguel de curto prazo, o que praticamente expulsou a plataforma da cidade.
O detalhe é que Nova York representava 80% dos negócios no início do Airbnb. A política da redução do home office também diminuiu a margem de atuação da plataforma.
Para completar o quadro de problemas, os clientes buscam cada vez mais pagar menos pelas hospedagens, enquanto os anfitriões tentam aumentar seus lucros ainda mais.
O uso da inteligência artificial no Airbnb
Recentemente, histórias de terror sobre hospedagens ruins na plataforma também estão se proliferando na internet. A consistência de qualidade e a confiabilidade se tornaram obstáculos no Airbnb, que agora recorre à inteligência artificial para resolver o problema e fazer algum controle de qualidade.
“A IA é a primeira linha de defesa que estamos usando para verificar os anúncios”, disse Brian Chesky, CEO do Airbnb, a Nikki Ekstein, jornalista e editora da Bloomberg.
Segundo Chesky, os anfitriões agora enviam fotos internas e externas de cada anúncio que fazem na plataforma. Um sistema usa a tecnologia de visão computacional para observar as fotos e combiná-las com outros bancos de dados e criar uma pontuação de confiança.
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Caso as fotos do exterior do endereço não correspondam às imagens do Google Earth ou de outros serviços de satélite semelhantes, a pontuação será menor, e o anúncio será revisado por um funcionário humano.
A inteligência artificial também vai auxiliar o Airbnb a avaliar os hóspedes. Fazer festas em espaços alugados pela plataforma é contra as regras, mas ainda é um problema comum.
“Usamos técnicas de aprendizado de máquina para analisar as últimas chegadas de hóspedes e ver quais resultaram em festas e quais não”, explicou Chesky. “Se você tentar fazer isso com o olho humano, talvez não perceba nenhum padrão, mas a IA pode analisar mais de um bilhão de pontos de dados, encontrar muitas semelhanças e criar um conjunto de regras.”
Veja a matéria original no R7
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