o masoquismo feminino é uma fantasia só dos homens?

o masoquismo feminino é uma fantasia só dos homens?

Na cena derradeira, o marido declara durante uma briga: o masoquismo feminino é uma fantasia dos homens. De modo calmo, professoral e esclarecedor, o amante rebate: você está enganado. Essa é uma teoria sexual ultrapassada.

O filme Babygirl é uma produção conceitualmente europeia, dirigida por Halina Reijn, mas rodada em New York, com atores norte-americanos. O plot não é muito original, retomando os filmes de Adrian Lyne como 9½ Semanas de Amor (1986), Proposta Indecente (1993) e Lolita (1997). Mas agora a trama da mulher poderosa que tem fantasias de dominação é abordada por uma diretora.

Erotizar a vida profissional requer talento

Frequentemente encontramos pessoas que erotizam sua vida profissional, encontrando nisso uma energia motivacional “adicional”. As vidas pessoal e profissional adquirem um canal de continuidade. Mas, como o do Panamá ou de Suez, não se constrói um canal sem riscos, exploração e perdas.

Pode ser injusto comparar quem atua em tempo integral com sua banda libidinal laboral e quem separa, a duras custas, a vida penosa e sem sentido do trabalho da vida realmente interessante e sexualmente investida, depois do trabalho.

É como avaliar Clark Kent como repórter, que faz seu trabalho de modo atrapalhado, tímido e meio forçado, diante do Super-Homem que ele vira fora do trabalho. Ou com comparar a Mulher Maravilha, no trabalho, como a Mulher Elástico, na família, e a Mulher Invisível, na cama.



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