ANPD nega recurso e empresa de escaneamento de íris interrompe serviço

ANPD investiga escaneamento de íris e recomenda cautela ao ceder dados

TFH diz que vai interromper voluntariamente o serviço de verificações. Segundo a empresa, os espaços físicos continuarão abertos, mas só para “fornecer educação e informações ao público”, conforme nota enviada à Tilt. A empresa diz que usará esse tempo para se adequar à solicitação da ANPD.

A compensação financeira oferecida pela empresa configura interferência indevida na livre manifestação de vontade dos titulares. É o que diz a diretora da ANPD Miriam Wimmer em seu voto para que empresa pare de pagar pelo escaneamento.

ANPD diz que a TFH tem dez dias úteis para apresentar declaração de que suspendeu a compensação financeira. A autarquia pede também que companhia tenha um responsável legal.

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Entenda a tecnologia

A TFH é responsável por um dispositivo chamado Orb, que faz o escaneamento de dados da íris das pessoas. A ideia da empresa é desenvolver um sistema único de verificação humana conhecido como WorldID. Como contrapartida, quem cede as informações ganha um criptoativo — há relatos de pessoas que conseguiram sacar até R$ 700, mas não há um valor fixo.

Como o UOL noticiou, a ANPD havia pedido detalhes à empresa sobre a coleta de dados. A TFH informou à autarquia que cria “ferramentas que as pessoas precisam para se preparar para era de IA, ao mesmo tempo preservando a privacidade individual”. Em comunicado, a empresa citou que está em regularidade com a LGPD, usa “os mais altos padrões de privacidade e segurança” e está à disposição para prestar esclarecimentos.



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