A Amazon avisou aos funcionários que as chances de promoção são menores para aqueles que não estão obedecendo a política de trabalho presencial da empresa.
A exigência de comparecer três vezes por semana nos escritórios da gigante das compras online começou em maio, seguindo a tendência do mercado de reverter a flexibilização do trabalho ocorrida nos anos da pandemia.
Agora, pedidos de promoção para funcionários que não têm seguido a frequência exigida deverão passar por uma etapa a mais de aprovação de lideranças, segundo reportagem de novembro do site Business Insider.
Brad Glasser, porta-voz da empresa, disse à CNN americana que há vários fatores que determinam a aprovação de um funcionário para um cargo mais alto. “Como qualquer empresa, esperamos que os funcionários considerados para promoção cumpram as diretrizes e políticas da empresa”, disse.
A Amazon e outras grandes empresas de tecnologia adotaram neste ano o regime de trabalho híbrido. Até o Zoom, cuja plataforma cresceu muito devido ao home office, solicitou a volta ao presencial.
Em agosto, reportagem do Financial Times mostrou que a Amazon estava rastreando comparecimento aos escritórios de seus funcionários nos EUA.
A empresa, que evitou cortes de empregos em massa durante a maior parte de sua existência, iniciou suas maiores demissões há cerca de um ano, eliminando 27 mil cargos de escritório depois que uma onda de contratações durante a pandemia deixou a empresa saturada.
A Amazon ainda aprofundou os cortes quando anunciou outras 9.000 demissões em março, que afetariam a divisão de serviços em nuvem, recursos humanos, publicidade e o serviço de transmissão ao vivo Twitch, segundo o CEO Andy Jassy.
Desde então, a empresa continuou buscando cortes de custos, às vezes levando a mais demissões. A empresa recentemente fez demissões em sua divisão de games e fechou lojas físicas de roupas.