A Intel disparou 16% nesta terça-feira (18) com a especulação de que a fabricante de chips poderia ser dividida em um acordo envolvendo a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) e a Broadcom.
A TSMC discutiu a ideia de operar as fábricas da Intel nos EUA e deter uma participação majoritária no empreendimento, informou a Bloomberg News na semana passada. Enquanto isso, a Broadcom manteve conversas informais com consultores sobre fazer uma oferta pelo negócio de design e marketing de chips da Intel, disse o Wall Street Journal.
Separadamente, a Bloomberg noticiou que o Silver Lake Management negocia uma posição majoritária na Altera, a unidade de chips programáveis da Intel.
As notícias deram nova vida à ideia de uma divisão da Intel —um tópico discutido entre investidores e analistas desde o ano passado. Até a própria empresa afirmou que é uma questão em aberto se a Intel eventualmente dividirá suas divisões de fábrica e desenvolvimento de produtos.
A Intel subiu até US$ 27,39 nas negociações em Nova York nesta terça, marcando o maior aumento em um único dia desde março de 2020. As ações subiram 18% neste ano até o final da semana passada, impulsionadas pela especulação do acordo.
A Intel, outrora dominante na indústria de chips, tem lutado para recuperar sua vantagem tecnológica e perdeu participação de mercado para rivais nos últimos anos.
Também perdeu a virada para aceleradores de inteligência artificial, permitindo que a Nvidia assumisse uma posição de liderança nesse campo. O conselho da Intel demitiu o CEO Pat Gelsinger no ano passado depois que seu plano de recuperação demorou a ganhar impulso, e a empresa tem procurado um novo líder.
A Bloomberg informou no ano passado que a Broadcom avaliou se deveria buscar um acordo com a Intel, mas não avançou nas negociações. Consultores continuaram a apresentar ideias à Broadcom, disseram interlocutores na época.
O plano de fábrica da TSMC pode ajudar a abrir caminho para um acordo para comprar a unidade de desenvolvimento de produtos, mas nenhum dos cenários avançou além dos estágios iniciais.
Embora funcionários do governo Trump tenham levantado a ideia do acordo com a TSMC em reuniões recentes, um representante da Casa Branca disse na semana passada que é improvável que o presidente apoie uma entidade estrangeira operando as fábricas da Intel.