iPhone 16e barato é chamariz da Apple para atrair mais usuários
Nova estratégia da Apple é trazer mais gente para o mundo dos iPhones. Segundo a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research, a Apple ainda aposta no modelo barato, ainda que os modelos Pro e convencionais sejam os mais vendidos, porque isso ajuda a “expandir a adoção de iPhones como uma opção de design compacto e preço baixo”, explica Varun Mishra, analista sênior da companhia.
O iPhone vira uma porta de entrada para outros produtos da Apple. Assim, quem tem o telefone pode potencialmente comprar um relógio (Apple Watch), fones de ouvido (AirPods) e etiquetas de identificação (Airtags). A maioria desses itens funciona exclusivamente com aparelhos da empresa.
Celular tem papel estratégico em mercados sensíveis a preço, como América Latina e Sudeste Asiático. “Ele ajuda a Apple manter sua competitividade nessas regiões, ao trazer muitos usuários para o ecossistema pela primeira vez”, diz Le Xuan Chiew, analista da consultoria Omdia. Para os especialistas, a linha de entrada também têm apelo para donos de iPhones antigos que querem acesso a novos recursos.
iPhone 16e vem para tentar aquecer as vendas da Apple. Nos últimos anos, não houve grandes transformações que fizessem as pessoas procurarem o aparelho e as vendas ficaram estáveis. Ao aumentar preço, mas oferecer o que tem de mais avançado (o Apple Intelligence), a empresa espera aumentar receitas e ampliar o número de usuários.
Mercado de smartphones passa por um processo de “premiumização”. Com os telefones durando mais e com recursos avançados, há uma tendência de consumidores comprarem os modelos mais “premium”. A consultoria CounterPoint Research, por exemplo, diz que usuários de iPhone Pro têm maior probabilidade de trocar de telefone (sempre um modelo mais sofisticado) e que isso tem ajudado a Apple nos últimos anos a melhorar com o crescimento de receita.
