Veículo Tesla de Musk lançado ao espaço é confundido com asteroide

No entanto, horas depois da divulgação da descoberta, o Minor Planet Center anunciou que iria deletar o suposto asteroide de seus registros. O objeto era, na verdade, o carro lançado pela SpaceX. ” […] Foi apontado que a órbita detectada corresponde a um objeto artificial 2018-017A, porção superior do Falcon Heavy com o Tesla Roadster. A designação 2018 CN41 está sendo excluída e será listada como omitida”, diz o documento oficial.
Caso acendeu alerta entre especialistas
A presença de objetos não rastreados no espaço pode dificultar o trabalho de cientistas que buscam rochas potencialmente perigosas. Segundo o Astronomy, estes objetos podem provocar o “desperdício de esforços de observação” por parte dos especialistas, além de prejudicar análises e dados estatísticos sobre asteroides que, de fato, representam uma ameaça à Terra.
Na pior das hipóteses, você gasta um bilhão [de dólares] lançando uma sonda espacial para estudar um asteroide e só percebe que não é um asteroide quando chega lá
Jonathan McDowell, astrofísico do Centro de Astrofísica (CfA), ao Astronomy
Segundo o especialista, o número de casos nos quais os cientistas confundem naves ou outros objetos com asteroides deve aumentar. À medida que mais nações e empresas privadas se lançam em missões no espaço, o “tráfego” pode se tornar mais intenso e exigir ainda mais cuidado no que diz respeito à detecção e identificação destes objetos.
Os satélites em órbita terrestre são regulamentados por agências nacionais e internacionais, como a Comissão Federal de Comunicações dos EUA. As empresas com atuação no espaço publicam informações sobre a órbita de seus próprios satélites. Os dados são recolhidos pela Força Espacial dos EUA, que realiza as próprias observações de rastreamento por radar e emite alertas aos operadores quando dois satélites estão em risco de colisão.