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Remédio de IA será testado em 2025, diz pesquisador – 23/01/2025 – Tec

A Isomorphic Labs, startub fundada há quatro anos pela Alphabet, controladora do Google, terá um medicamento projetado por inteligência artificial em testes até o final deste ano, segundo seu fundador, Demis Hassabis.

“Estamos olhando para oncologia, cardiovascular, neurodegeneração, todas as grandes áreas de doenças, e acho que até o final deste ano teremos nosso primeiro medicamento”, disse ele em uma entrevista ao Financial Times no Fórum Econômico Mundial.

“Normalmente leva de cinco a dez anos [para descobrir] um medicamento. E talvez possamos acelerar isso em 10 vezes, o que seria uma revolução incrível na saúde humana”, disse Hassabis, que recebeu o Prêmio Nobel de Química com seu colega John Jumper e o bioquímico David Baker em outubro.

A Isomorphic foi desmembrada do braço de pesquisa de IA do Google, o Google DeepMind, em 2021, mas continua sendo uma subsidiária integral de sua empresa-mãe, a Alphabet.

O potencial da startup atraiu grandes parceiros farmacêuticos, que estão ansiosos para reduzir despesas e aumentar a eficiência do caro processo de desenvolvimento de medicamentos. Hassabis disse anteriormente ao FT que sua equipe estava trabalhando em seis programas de desenvolvimento de medicamentos com a Eli Lilly e a Novartis.

Na entrevista, Hassabis, que também é CEO do Google DeepMind, disse que o protótipo de assistente de IA da gigante de buscas, conhecido como Projeto Astra, provavelmente será lançado para os consumidores ainda este ano.

Ele descreveu um futuro próximo, dentro de três anos, quando haverá “bilhões” de agentes de IA, “negociando entre si em nome do vendedor e do cliente” e disse que isso exigiria uma reavaliação da própria web.

Ele também pediu mais cautela e coordenação entre os principais desenvolvedores de IA que competem para construir a inteligência artificial geral (AGI). Ele alertou que a tecnologia poderia ameaçar a civilização humana se sair de controle ou for reaproveitada por “atores mal-intencionados… para fins prejudiciais”.

O objetivo final do Google DeepMind é criar a AGI ou “um sistema capaz de exibir todas as capacidades cognitivas que os humanos têm”, de acordo com Hassabis, que disse que, apesar do “hype” nas redes sociais sobre isso estar próximo, ainda faltam de cinco a dez anos para alcançá-la.

“Se algo é possível e valioso de se fazer, as pessoas farão”, disse Hassabis. “Já passamos desse ponto com a IA, o gênio não pode ser colocado de volta na garrafa… então temos que tentar garantir que isso seja conduzido para o mundo da maneira mais segura possível.”

Visto primeiro na Folha de São Paulo

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