Americanos migram para app chinês alternativo
É deliciosamente irônico que a ameaça de uma proibição saia pela culatra tão rapidamente, mesmo antes de ser implementada.
Milton Mueller, à AFP
Usuários podem ser empurrados a aplicativos menos confiáveis, diz docente. Robyn Caplan, especialista da Universidade Duke, nos Estados Unidos, ressalta que a possível proibição empurra “os usuários para aplicativos com uma separação muito menos clara do Partido Comunista Chinês”.
“Exílio” mostra que estratégia de Washington é ineficaz. Meng Bingchun, professora da London School of Economics, resumiu a situação com a expressão “pequeno jardim, grande cerca”, que consiste em restringir um pequeno número de tecnologias consideradas sensíveis à segurança nacional americana.
O jardim está em constante expansão e a cerca é permeável. Pior ainda, neste caso específico, aqueles que vivem dentro da cerca podem migrar para o espaço digital.
Meng Bingchun, à AFP
Nem o Xiaohongshu nem a ByteDance quiseram fazer declarações à reportagem da AFP.
Fontes apontam para a possibilidade do TikTok vender parte da operação para algum empresário dos EUA. Dessa forma, explica o jornal Washington Post, isso diluiria o comando da empresa, o que poderia ser interpretado que a companhia não é influenciada unicamente por um estado adversário. Uma venda integral do app, avaliado na casa dos US$ 50 bilhões, é considerado praticamente impossível.