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IA: ChatGPT busca melhorar sua memória com novos recursos – 14/02/2024 – Tec

A OpenAI está dando ao ChatGPT uma memória melhor. A startup de inteligência artificial disse na terça-feira (13) que lançou uma versão de seu chatbot que lembraria o que os usuários disseram para que pudesse utilizar essas informações em conversas futuras.

Se um usuário mencionar uma filha, Lina, que está prestes a completar 5 anos, gosta da cor rosa e de águas-vivas, por exemplo, o ChatGPT pode armazenar essas informações e recuperá-las quando necessário.

Quando o mesmo usuário pede ao bot para “criar um cartão de aniversário para minha filha”, ele pode gerar um cartão com águas-vivas cor de rosa que diz: “Feliz cinco anos, Lina!”

Com essa nova tecnologia, a OpenAI continua transformando o ChatGPT em um assistente digital automatizado que pode competir com serviços existentes, como o Siri, da Apple, ou o Alexa, da Amazon.

No ano passado, a companhia permitiu que os usuários incluíssem instruções e preferências pessoais, como detalhes sobre seus empregos ou o tamanho de suas famílias, que o chatbot deve considerar durante cada conversa. Agora, o ChatGPT pode se basear em uma gama muito mais ampla e detalhada de informações.

“Acreditamos que os assistentes mais úteis são aqueles que evoluem com você —e acompanham você”, disse Joanne Jang, líder de produto da OpenAI, que ajuda a supervisionar seu projeto de memória.

Embora o ChatGPT agora possa lembrar conversas anteriores, ele ainda pode cometer erros, assim como os humanos. Quando um usuário pede ao ChatGPT para fazer um cartão de aniversário para Lina, o chatbot pode criar um com erros sutis, como “Feiliz cinco anos! Lina!”

A empresa está fornecendo inicialmente a nova tecnologia para um número limitado de usuários. Estará disponível para pessoas que usam a versão gratuita do ChatGPT, bem como para aqueles que assinam o ChatGPT Plus, um serviço mais avançado que custa US$ 20 por mês.

A OpenAI também está introduzindo aos usuários o que chama de conversas temporárias, durante as quais as conversas e memórias não são armazenadas.

O ChatGPT oferece há algum tempo uma forma limitada de memória. Quando os usuários conversavam com o bot, suas respostas se baseavam no que eles disseram anteriormente na mesma interação. Agora, o recurso pode se basear em informações anteriores.

O bot constrói essa memória identificando e armazenando automaticamente dados que podem ser úteis no futuro. “Dependemos do modelo para decidir o que pode ou não ser pertinente”, afirmou Liam Fedus, cientista de pesquisa da OpenAI, referindo-se à tecnologia de IA que sustenta o ChatGPT.

Os usuários podem pedir ao bot para lembrar algo específico de sua conversa, perguntar o que já foi armazenado em sua memória, pedir ao chatbot para esquecer certas informações ou desativar completamente a memória.

Por padrão, a OpenAI tem registrado conversas inteiras do ChatGPT e as usando para treinar versões futuras do chatbot. A OpenAI comunicou que removeu informações pessoais que identificam os usuários em conversas utilizadas para treinar sua tecnologia. E os usuários podem optar por remover suas conversas completamente dos dados de treinamento da OpenAI.

Mas criar e armazenar uma lista separada de memórias pessoais que o chatbot pode trazer em conversas pode levantar preocupações com a privacidade. A empresa argumentou que o que estava fazendo não era muito diferente da maneira como os mecanismos de busca e navegadores armazenavam o histórico da internet de seus usuários.

Visto primeiro na Folha de São Paulo

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