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IA: empresa de Musk busca investimentos de US$ 6 bi – 28/01/2024 – Tec

A startup de inteligência artificial de Elon Musk está em negociações para levantar até US$ 6 bilhões (R$ 29,45 bilhões), enquanto o chefe da Tesla e do X (antigo Twitter) busca investidores globais para financiar o xAI que almeja desafiar a OpenAI, dona do ChatGPT, apoiado pela Microsoft.

O novo projeto de Musk tem cortejado ricos e investidores pelo mundo nas últimas semanas, segundo várias pessoas familiarizadas com o assunto.

De acordo com quatro pessoas ouvidas pela reportagem, essas negociações incluíram famílias em Hong Kong, território que está cada vez mais controlado por Pequim.

Três pessoas com conhecimento das negociações disseram que Musk esperava obter até US$ 6 bilhões em capital próprio para o xAI, com uma avaliação proposta de US$ 20 bilhões. No entanto, as pessoas alertaram que as negociações estavam em andamento e que o chefe da Tesla ainda estava testando o apetite dos investidores por valores tão grandes.

Uma pessoa disse que ele ainda havia mirado fundos soberanos de riqueza no Oriente Médio, enquanto outros afirmaram que investidores no Japão e na Coreia do Sul também foram abordados.

Levantar dinheiro em Hong Kong para uma empresa de inteligência artificial dos EUA pode se tornar um processo politicamente complicado à medida que as tensões geopolíticas aumentam.

Washington tem buscado impor controles de exportação visando dificultar o desenvolvimento de tecnologias avançadas pela China. A administração Biden proibiu no ano passado alguns investimentos dos EUA em IA chinesa, incluindo em Hong Kong.

O xAI de Musk lançou seu primeiro produto em dezembro, um chatbot chamado Grok, que está sendo treinado usando postagens em redes sociais no X, permitindo que ele dê respostas mais atualizadas do que seus concorrentes.

O banco de investimentos Morgan Stanley —que em 2022 ajudou a financiar a aquisição alavancada de Musk do X— está coordenando a captação de recursos, disse uma das pessoas. O banco se recusou a comentar. Musk não respondeu a um email solicitando comentários.

A busca em várias frentes por recursos reflete os enormes custos necessários para desenvolver a IA generativa —modelos que produzem texto, imagens e código semelhantes aos humanos em segundos—que requerem enorme poder de computação, vastas quantidades de dados e chips de ponta.

A OpenAI, sediada em San Francisco (EUA), arrecadou cerca de US$ 13 bilhões apenas da Microsoft. Outras startups, como Anthropic e Cohere, também obtiveram bilhões de dólares de empresas como Google, Amazon e outros grandes grupos de capital de risco do Vale do Silício.

Sediado em Nevada (EUA), o xAI apresentou documentos à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) em dezembro que mostravam que estava buscando levantar US$ 1 bilhão em financiamento de investidores de capital próprio.

A apresentação mostrou que já havia sido arrecadado US$ 135 milhões. Um relatório da Bloomberg em janeiro informou que a arrecadação atingiu US$ 500 milhões. Musk disse no X que o relatório era “fake news”.

Musk foi um investidor fundador da OpenAI, mas se afastou em 2018 devido a desentendimentos com o CEO Sam Altman. O bilionário lançou sua própria empresa de IA em julho do ano passado, reclamando que concorrentes como OpenAI, Microsoft e Google estavam censurando seus produtos de IA e não estavam focados o suficiente em medidas de segurança.

A OpenAI está realizando uma venda secundária de algumas das ações de seus funcionários em um acordo que avalia o negócio sediado em San Francisco em US$ 86 bilhões.

Musk não revelou detalhes sobre como o xAI seria financiado, além de uma postagem no X em novembro que dizia que os acionistas atuais do X “possuiriam 25% da empresa”, sem mais explicações.

Os apoiadores do X, que ajudaram Musk a financiar a aquisição da rede social por US$ 44 bilhões, incluem o chefe da Oracle (Larry Ellison), da Sequoia Capital (Andreessen Horowitz), da Fidelity Management e o príncipe saudita Alwaleed bin Talal.

A Fidelity recentemente reduziu o valor de seu investimento no X em cerca de 70%, avaliando a empresa em cerca de US$ 12,5 bilhões.

Visto primeiro na Folha de São Paulo

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