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Google do Brasil ganha IA generativa e agora responde em formato de conversa

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O Google anunciou, nesta quarta-feira (08), que a versão brasileira do buscador ganhou funções de Inteligência Artificial (IA) generativa. Com isso, os usuários agora recebem informações contextuais, explicações mais detalhadas sobre os temas pesquisados e descobrem novos pontos de vista.

Chamada de Search Generative Experience (SGE) – ou Experiência de Pesquisa Generativa, em português – a função já estava disponível em países como os Estados Unidos e a partir de hoje chega gradualmente em português brasileiro. De acordo com Bruno Possas, gerente do Google, o objetivo da novidade é facilitar a experiência das pessoas na internet oferecendo buscas mais naturais e intuitivas.

“O SGE vai ajudar com que as pessoas façam várias pesquisas em uma pesquisa só. Ou seja, não vai ser preciso realizar toda uma jornada para entender de forma mais ampla um assunto, já que em apenas uma busca será mostrada uma explicação mais completa sobre os temas”, pontuou.

GoogleA nova ferramenta do Google resume tópicos de pesquisas realizadas pelos usuários (Imagem: Reprodução/Google)

Os resumos mostrados pelo SGE no Google vêm acompanhados dos links de referência. Nas páginas dos resultados, é informada a origem das explicações, sendo que os sites originais com a fonte poderão ser acessados na íntegra.

E além do texto sobre o assunto pesquisado, as pessoas ainda podem acessar um chatbot que explica outros detalhes sobre o tópico de interesse. No estilo ChatGPT, o sistema de IA conversacional responde a outros questionamentos e indica mais fontes.

Apesar de já poder ser utilizado por qualquer pessoa, o sistema ainda está em fase de testes. “Estamos recebendo feedbacks em cada pesquisa a partir de joinhas para baixo, se o resultado for ruim, e joinha para cima, se o resultado for bom. Queremos entender o que funciona e ir aprimorando a ferramenta”, pontuou Possas.

Quais tipos de perguntas podem ser feitas ao SGE do Google?

O SGE funciona praticamente com as mesmas regras do buscador tradicional do Google. Ou seja, as páginas que já estão indexadas para aparecer no search aparecem no formato de SGE.

Uma pessoa pode pesquisar “como ingressar em um time de futebol feminino”, por exemplo. Em um questionamento do tipo, o modo de resumo da IA generativa vai responder sobre os materiais necessários para praticar o esporte e que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) define que é preciso ter pelo menos 16 anos para exercer a modalidade de forma profissional no país.

Já no modo conversacional, o SGE pode responder de maneira ainda mais completa a perguntas como “Quais as características do futebol feminino”. Confira, abaixo, capturas de tela sobre os exemplos.

GoogleA imagem à esquerda mostra resposta generativa do Google a imagem à direita mostra as respostas no modelo conversacional (Imagem: Reprodução/Google)

Bruno Possas pontuou que está sendo elaborado um protocolo específico para o serviço de IA. Depois que ele estiver pronto, os produtores de conteúdo e donos de sites poderão pedir para desindexar páginas do SGE, mas mantê-las no Google tradicional ou vice-versa. Por enquanto não é possível fazer essa escolha.

“As respostas às pesquisas feitas no ESG não são exatamente iguais aos textos dos sites, já que a IA reescreve os trechos. Por causa disso, os links são mostrados para corroborar a informação e para que a pessoa possa conferir por conta própria”, afirmou.

O representante do Google acrescentou ainda que o SGE mostra inclusive respostas que estão nas redes sociais. Assim como também já acontece na busca do Google, publicações de Facebook, Instagram, X (antigo Twitter) e outras plataformas estão sendo indexadas no serviço de IA e podem aparecer como fontes de respostas a alguns questionamentos.

Que tipos de pesquisas não são respondidas pelo SGE do Google?

O SGE do Google não exibe respostas para tópicos tratados como sensíveis como sexo explícito, saúde e política.

Apesar de citar os assuntos, Possas reconheceu que é possível que questões específicas dentro destes temas apareçam. Ele comentou que não é possível dizer exatamente quais aspectos a ferramenta não mostrará, já que isso varia de busca para busca e muita coisa está automatizada.

“Além disso, se o usuário fizer uma busca por algo super factual, em um tópico supersensível como medicina, não deverá ser mostrado nenhum resultado de IA porque entendemos que uma experiência generativa não é adequada [para responder a este tipo de coisa]”, complementou.

GoogleAssim como no buscador tradicional, o SGE do Google mostrará propagandas em um espaço destacado (Imagem: Reprodução/Google)

Em um exemplo mais concreto, uma pessoa que quiser buscar um diagnóstico de uma doença pelo SGE não deve receber uma resposta completa.

Antes de oferecer um texto como resposta, a ferramenta do Google corrobora as informações em pelo menos três sites diferentes. Neste sentido, é possível avaliar se a resposta está correta e se o site é ou não confiável, por exemplo.

“A experiência atual não será necessariamente a que será lançada para os usuários posteriormente. Estamos testando e vamos aprender com o uso das pessoas”, ressaltou Possas.

O SGE funciona a partir do Google Bard?

Apesar de oferecer até sugestões de perguntas e modo conversacional, o SGE do Google não funciona a partir do Google Bard. Na verdade, as plataformas são independentes.

Bruno Possas explicou que as ferramentas utilizam modelos de linguagem diferentes e são treinadas também de maneira própria.

“O SGE é um produto do buscador do Google. Ele está preocupado em corroborar as informações apresentadas e garantir um tráfego qualificado para os sites. Enquanto isso, o Bard realiza uma função mais criativa, digamos. Ele é mais adequado para tarefas como escrever um e-mail, por exemplo”, disse.

Google BardO Google Bard ainda pode interagir com outros softwares como Drive, Gmail e YouTube (Imagem: Divulgação/Google)

Possas sugeriu que usuários podem utilizar SGE e Bard de maneira complementar. Enquanto o primeiro é um complemento ao buscador, o segundo é quase um assistente pessoal em tarefas escolares, de trabalho e lazer.

Como acessar as buscas de IA generativa no Google?

Para começar a versão de testes do SGE é preciso entrar no site labs.google.com/Search através da versão para desktop do Google Chrome. Toda a utilização da nova ferramenta será realizada pelo Search Labs, que é uma nova plataforma onde as pessoas podem testar e experimentar novas tecnologias do Google.

O SGE também estará no aplicativo Google para dispositivos iOS e Android nas próximas semanas. Por enquanto, não há previsão de chegada do serviço para os outros navegadores.

Veja a matéria original no R7

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