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Como funciona o teste ‘Não sou robô’? Explicação deixou muita gente assustada – Notícias

Como funciona o teste 'Não sou robô'? Explicação deixou muita gente assustada - Notícias


Já faz parte da rotina de uso da internet se deparar com aquelas caixinhas que questionam algo bastante fundamental: se somos humanos ou robôs.


A função do programa por trás dela é bem simples e fundamental, e envolve impedir que bots e outros programas automatizados façam algo em um site sem permissão dos administradores — como comprar montes de ingressos para cambistas revenderem.



Mas onipresença do programa — chamado reCAPTCHA e operado pelo Google — fez muitos questionarem como exatamente ele funciona, e a resposta é um pouco mais complexa e estranha do que aparenta.



A explicação aceita como definitiva foi dada em 2020, por Sandi Toksvig, a apresentadora britânica do programa QI, da BBC. O vídeo com a resposta viralizou recentemente, após uma série de contas famosas no TikTok relembrarem a explicação.


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Segundo a apresentadora, a caixa coleta uma série de dados para decidir se o usuário é humano ou um bot fingindo ser um.



“Para ser sincera, não posso contar todos os detalhes – porque eles mantêm isso em segredo, porque não querem que as pessoas tentem trapacear no teste – mas, de modo geral, você marca a caixa e solicita que o site verifique seu histórico de navegação”, afirmou Sandi.


Mas ela vai além: “Digamos, por exemplo, pouco antes de marcar a caixa, você assistiu a alguns vídeos de gatos; você deu like em um tweet sobre Greta Thunberg; você verificou uma conta do Gmail antes de começar a trabalhar… tudo isso os faz pensar que você deve ser humano.”




Bots mais simples, por outro lado, são geralmente treinados para marcar diretamente a caixinha, sem esse comportamento prévio a ser analisado — e diagnosticado por outra inteligência artificial, vale dizer.


“Se a máquina não tiver certeza, é quando eles pedem para você clicar nas fotos que contêm semáforos ou hidrantes”, completou ela.


Nos comentários do TikTok, muitos se mostraram assombrados com a leitura comportamental instantânea feita pelo programa.


“Para ser honesto, parece uma invasão de privacidade”, afirmou um dos comentários. “Certamente isso é contra meus direitos pessoais”, completou outra resposta.


Informações técnicas


No site Stack Overflow, especializado em códigos de programação e dúvidas de trabalhores de TI, uma explicação similar foi dada.


“Eu diria que ele [o reCAPTCHA] analisa como você se comportou antes de clicar, como seu cursor se moveu em seu caminho para a verificação (caminho orgânico/aceleração), qual parte da caixa de seleção foi clicada (locais aleatórios ou ponto morto todas as vezes), navegador impressão digital, cookies e conteúdo do Google”, afirma o comentário.



A resposta, a mais bem sinalizada sobre a pergunta, dá ainda mais detalhes: “É bastante difícil fingir um comportamento ‘orgânico’ de forma a enganar um mecanismo de detecção de padrões de aprendizado contínuo. Nos casos em que não há certeza, ele ainda solicita que você corresponda a uma string CAPTCHA real.”


Segundo o Google, quando os captchas são resolvidos, máquinas são treinadas para uma série de atividades: “esse esforço humano ajuda a digitalizar texto, anotar imagens e criar conjuntos de dados de aprendizado de máquina.”


A versão mais moderna do reCAPTCHA é praticamente invisível, e só mostra a caixinha em caso de suspeita, por isso hoje é mais difícil vê-la.


LEIA ABAIXO: Elon Musk é retratado por IA aos beijos com robôs femininos


Veja a matéria original no R7

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