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ChatGPT e outras IA são mil vezes mais inteligentes que humanos

Inteligência Artificial é mil vezes mais inteligente que humanos, afirma “padrinho” da tecnologia

O cientista da computação conhecido como “padrinho da IA”, Geoffrey Hinton, que pediu para se afastar do Google no 1º de maio, afirmou nesta semana que modelos de inteligência artificial (IA) geradora, como o ChatGPT, têm conhecimento básico sobre qualquer assunto e, por isso, são mil vezes mais inteligentes do que o ser humano médio. 

Para Hinton, esses modelos serão capazes de superar a inteligência humana coletiva nos próximos anos. Ele discutiu, na última terça-feira (2), o futuro da inteligência artificial no evento EmTech Digital, organizado pela revista MIT Technology Review. “O risco da IA assumir o controle da sociedade é real.”

Esse argumento do padrinho da IA está alinhado com a carta em prol da paralisação do desenvolvimento de inteligência artificial assinada por intelectuais e pessoas influentes da tecnologia, como o escritor Yuval Harari e o cofundador da Apple Steve Wozniak. O próprio Hinton, ainda no Google à época, não endossou o documento.

Ele afirma ter deixado o Google por querer mais liberdade para falar sobre as suas preocupações com os riscos da IA.

Harari escreveu em artigo no New York Times que um avião com 10% de chance de cair jamais decolaria. Para Hinton, as chances da humanidade perder o controle sobre essa nova forma de inteligência representada pelos grandes modelos de linguagem, como o GPT, fica na casa dos 40%. “Não sou pessimista, nem otimista, e sim levemente deprimido.”

Hinton desenvolveu nos anos 1980 o algoritmo por trás das atuais redes neurais, o backpropagation (propagação reversa, em inglês). Em suma, esse algoritmo permite que as máquinas aprendam a partir de exemplos, no que é chamado de treinamento. O cientista tentou simular o funcionamento dos neurônios e ligações do cérebro humano para elaborar a técnica.

Por ter desenvolvido a propagação reversa, Hinton recebeu, ao lado de Yann LeCun e Yoshua Bengio, o Prêmio Turing de 2019, que homenageia pessoas por suas contribuições à computação.

Hoje, Hinton avalia que o cérebro humano não funciona com propagação reversa. “O algoritmo que criamos nos anos 1980 é mais eficiente do que o cérebro. Os atuais grandes modelos de linguagem conseguem saber mais do que uma pessoa, com muito menos ligações.”

Com informações Folha de S Paulo

Veja a matéria original no R7

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