Lançado pela empresa Google, o Bard utiliza uma tecnologia semelhante ao ChatGPT, que foi projetado pela OpenAI e financiado principalmente pela Microsoft. Por esse motivo, ambas as iniciativas serão concorrentes diretas no mercado tecnológico.
De início, o Bard foi lançado em uma versão de testes e atualmente foi disponibilizado de forma oficial em língua inglesa para 180 países.
Em 10 de maio deste ano, durante a conferência anual de desenvolvedores do Google, realizada no Vale do Silício, na Califórnia, o presidente-executivo da empresa, Sundair Pichai, anunciou que nesta primeira fase ficarão de fora o Brasil e outros 26 países da União Europeia.
Já outras nações da América Latina terão acesso a ferramenta, tais como:
- Argentina;
- Bolívia;
- Equador;
- México;
- Paraguai;
- Peru.
Durante o evento nos EUA, Pichai garantiu que pretende lançar futuramente o chatbot nos países não contemplados nessa primeira etapa.
“Estamos expandindo seu acesso em inglês a mais países e regiões de forma gradual. Continuaremos a implementá-lo em outros países, regiões e idiomas ao longo do tempo”, garantiu o presidente.
Como funciona o Bard?
O Bard é um programa de computador que tenta simular uma conversação entre humanos, e utiliza a Inteligência Artificial (IA).
Seu objetivo é fornecer respostas aos usuários de modo que tenham a sensação de conversar com outra pessoa e não com uma máquina.
Para que o chatbot seja ativado, o internauta precisa fazer uma pergunta ou solicitar um comando. Com isso, a ferramenta é capaz de fornecer como resposta textos em diferentes formatos, desde discursos e redações até peças publicitárias e códigos de computador.
A Google anunciou que o Bard poderá ser integrado a várias outras plataformas, incluindo a ferramenta de buscas online mais famosa e utilizada no mundo, que também pertence à bigtech.
Serão desenvolvidas extensões para que os usuários consigam interagir com o chatbot no aplicativo de mapas Maps, na caixa de mensagens Gmail e até no processador de textos online Docs.
Outro benefício do Bard é que ele foi projetado para conversar em 40 idiomas. O projeto também prevê que a tecnologia seja multimídia, ou seja, terá a capacidade de integrar imagens e vídeos às perguntas e respostas dos usuários.
Com esse novo recurso, as buscas online não contarão apenas com os tradicionais links, mas também com uma interação com a própria interface e a possibilidade de solicitar maiores esclarecimentos às dúvidas.
Diferenças entre o Bard e o ChatGPT
Apesar do Bard e do ChatGPT serem chatbots que se utilizam da inteligência artificial para fornecer respostas mais interativas e completas aos usuários, com base em um banco de dados e informações encontradas de forma online, há algumas diferenças entre eles. Confira:
- Banco de dados: enquanto o banco de dados do ChatGPT é limitado e compreende apenas as informações até 2021, o Bard possibilita o acesso às informações atualizadas em tempo real. Para isso, basta ativar o botão “Google it”, que direcionada para o buscador Google;
- Fontes de consulta: o ChatGPT não permite que o usuário verifique quais foram as fontes usadas na pesquisa do dados. Já o Bard, que é oriundo de um modelo de linguagem anterior ao Google, chamado Lamda, permite a verificação das fontes consultadas, como Wikipedia e sites de universidades;
- Idiomas: enquanto o ChatGPT funciona em mais de 50 idiomas, incluindo arábe, coreano, espanhol, francês, inglês, japonês, mandarim e português, o Bard só está disponível em língua inglesa;
- Limite de idade: o ChatGPT está disponível para quaisquer usuários, independentemente da idade deles. Enquanto isso, para usar o Bard, as pessoas precisam comprovar, obrigatoriamente, que têm 18 anos ou mais.
Com informações do GZH