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Ibovespa abre em alta, com exterior positivo e repercussão de entrevista de Campos Neto

Ibovespa abre em alta, com exterior positivo e repercussão de entrevista de Campos Neto


No dia anterior, o principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 0,70%, a 108.836 pontos. Ibovespa
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta terça-feira, acompanhando o bom-humor do exterior e com os investidores no cenário local reagindo positivamente às falas do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Robertos Campos Neto, contra o aumento da meta da inflação.
Às 10h20, o índice subia 0,27%, aos 109.125 pontos. Veja mais cotações.
A Vale e a Petrobras, empresas com maior peso na composição do Ibovespa, subiam, no mesmo horário, 0,56% e 0,70%, respectivamente, impulsionando o índice. As ações dos grandes bancos também operam em alta, com Bradesco e Itaú subindo pouco menos de 1%.
Na segunda-feira, o Ibovespa havia avançado 0,70%, a 108.836 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular uma perda de 4,12% no mês, de 0,89% no ano.
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Ontem, o dia foi marcado por especulações de que a equipe econômica do Conselho Monetário Nacional (CMN) – órgão responsável por definir os objetivos oficiais de inflação – estaria estudando antecipar uma revisão das metas de inflação do país e possivelmente elevar o alvo a ser buscado pelo BC, com aval do seu presidente.
O dirigente, no entanto, foi enfático ao dizer, em entrevista, que não concorda com uma flexibilização da meta da inflação neste momento, o que agradou o mercado financeiro. Campos Neto pontua que, se o Brasil elevasse sua meta de inflação, a medida poderia ter um efeito contrário, além de elevar a percepção de riscos para investidores.
O CMN tem sua primeira reunião do ano e dentro do novo governo prevista para esta quinta-feira (16).
Especialistas consideram que, se o BC concordar com alterações na meta da inflação – principalmente na primeira reunião do ano -, o ato poderia ser interpretado como fraqueza da instituição diante da pressão do presidente Lula, que vem reclamando do atual patamar da Selic, taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.
No exterior, investidores aguardam a divulgação da inflação dos Estados Unidos e o discurso de John Willians, presidente do Fed de Nova York. O mercado espera por sinalizações do rumo da trajetória das taxas de juros no país nos próximos meses.
Na última semana, as bolsas de valores americanas viveram a pior semana do ano até aqui, como consequência das expectativas de que os juros possam não cair tão cedo na maior economia do mundo, já que o mercado de trabalho segue bastante aquecido e isso pode gerar novas pressões inflacionárias. Com mais dinheiro nas mão da população, a tendência é de alta nos preços.
Em nota, a equipe de economia da Rico pontua que “um dado que corrobore que a inflação alta está ficando no passado pode impulsionar expectativas de que o Fed encerrará em breve o processo de alta de juros por lá”, o que deve ser benéfico para o mercado.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Neste contexto, investidores tendem a migrar dos ativos de risco para tais títulos, o que favorece o dólar frente moedas de outras divisas e também impacta negativamente o mercado de ações, principalmente os de países emergentes, como o Brasil.
Ainda no exterior, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve um crescimento de 0,1% no último trimestre de 2022, levando a região a crescer 1,9% durante todo o ano passado, em meio a guerra entre Rússia e Ucrânia.
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