Funcionários da GM de São Caetano do Sul rejeitam proposta de reajuste salarial e entram em greve
Paralisação ocorre na mesma semana em que o segundo turno foi retomado e tem tempo indeterminado. GM São Caetano do Sul
Divulgação/Newspress
Trabalhadores da General Motors de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, suspenderam a produção nesta sexta-feira (1), em protesto por a empresa adiar a reposição salarial da data-base de setembro para fevereiro e reduzir os direitos dos funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A paralisação ocorre por tempo indeterminado.
“Não nos restou outra alternativa senão paralisarmos as atividades da empresa. A contraproposta feita na mesa de negociação está aquém do que estamos reivindicando”, disse Aparecido Inácio da Silva, presidente do Sindicato do Metalúrgicos de São Caetano do Sul, que é filiado à Força Sindical.
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Em nota, a GM afirma que está fazendo todos os esforços para chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes.
“A empresa espera que a situação possa ser resolvida o quanto antes, com um acordo viável e sustentável e que rapidamente as operações de nossa fábrica estejam totalmente normalizadas”, informou a montadora.
De acordo com a Força Sindical, a contraproposta apresentada pela empresa contempla:
Reposição integral da inflação a ser aplicada aos salários em 1º de fevereiro/2022;
50% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, com aplicação em fevereiro de 2023;
Vale-alimentação de R$ 350 a empregados com salários até R$ 4.429, com
implementação em fevereiro de 2022;
Abono de R$ 1 mil a ser pago em outubro de 2021.
Os trabalhadores reivindicam:
Reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses;
Aumento real de 5%;
Piso salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021;
Vale-alimentação que varia de R$ 500 a R$ 1 mil;
Participação nos resultados (PR) no valor de R$ 18 mil, com antecipação de R$ 10 mil;
Adiantamento da metade do 13º Salário/2022 para fevereiro de 2022;
Inclusão de cláusula sobre home office;
Pagamento de quinquênio (adicional por completar cinco anos de casa) de 5%;
Retorno do reajuste da grade salarial a cada 6 meses;
Cesta de Natal.
A greve ocorre pouco mais de um mês após a fábrica de São Caetano retomar as atividades em um turno após quase três meses fechada por falta de componentes eletrônicos. O segundo turno voltou a ser operado na última segunda-feira (4).
A fábrica de São Caetano do Sul produz cerca de 750 veículos por dia dos modelos Spin, Tracker, Joy e Joy Plus.
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