O que são e quais os riscos de investir em fundos imobiliários?
Os fundos imobiliários, frequentemente abreviados como FIIs, são um tópico de investimento que geram muitas dúvidas, mas também oferecem oportunidades interessantes.
O momento para sanar as perguntas mas frequentes sobre o assunto chegou aqui no TecMundo. Por isso, vamos desmistificar os fundos imobiliários, explicar como eles funcionam e ajudar você a entender se são uma opção adequada para seus objetivos financeiros. Vamos lá?
Afinal, o que são fundos imobiliários?
Os fundos imobiliários são uma modalidade de investimento coletiva no mercado imobiliário. Eles funcionam como um condomínio de investidores, onde cada um adquire cotas do fundo.
O dinheiro arrecadado com a venda dessas participações é utilizado para investir em empreendimentos imobiliários, como prédios comerciais, shoppings, galpões, entre outros.
Esses empreendimentos geram renda por meio do aluguel ou da venda de unidades. Os lucros são distribuídos aos cotistas de forma proporcional às suas parcelas.
O número de brasileiros que investem em FIIs ultrapassa 1% da população, segundo a B3.Fonte: GettyImages
A distribuição periódica de rendimentos é uma das características mais atrativas dos fundos imobiliários, tornando-os uma opção interessante para quem busca renda passiva. Em outras palavras: o investidor fatura mensalmente sem precisar lidar diretamente com a gestão dessas construções.
É seguro investir em fundos imobiliários?
Embora os FIIs sejam considerados investimentos mais seguros em relação a oscilações do mercado de ações, eles não estão isentos de riscos!
A vacância dos imóveis expressa em percentagem, por exemplo, representa a parcela dos imóveis do fundo que não está gerando receita com aluguéis já que não possuem inquilinos.
As variações na economia que podem afetar o setor imobiliário também representam outro risco, principalmente quando os preços dos aluguéis diminuem, afetando os rendimentos gerados e distribuídos aos cotistas.
Quais as vantagens e desvantagens do fundo imobiliário?
Os fundos imobiliários têm várias vantagens que podem ser atraentes para investidores. Confira quatro aspectos positivos e relevantes dessa modalidade de investimento:
- Ao investir em um FII, você adquire cotas de diversos empreendimentos imobiliários, o que reduz o risco em comparação com a compra de um único imóvel;
- A maioria dos FIIs distribui rendimentos mensais ou trimestrais, sendo uma fonte de renda passiva estável;
- Com os FIIs, investidores com recursos limitados podem ter exposição ao negócio de propriedades de forma simples;
- Você pode comprar ou vender títulos a qualquer momento durante o horário de negociação da bolsa de valores.
Investir em Fundos Imobiliários dispensa as preocupações de construir e alugar imóveis por conta própria.Fonte: GettyImages
No entanto, os FIIs também têm aspectos negativos a considerar. Quanto às principais desvantagens, temos:
- Riscos do mercado imobiliário: como taxas de juros, condições econômicas gerais e volatilidade do mercado de títulos – ainda que sejam mais estáveis do que ações;
- Taxas envolvidas na administração dos FIIs: incluindo taxa de gestão e custódia;
- Os rendimentos dos FIIs variam ao longo do tempo: dependendo da performance dos imóveis que compõem o fundo.
Quanto paga um fundo imobiliário por mês?
Os fundos imobiliários não pagam um valor fixo por mês como um investimento comum, como uma conta de poupança. Ele pode flutuar ao longo do tempo, com base no desempenho do portfólio de imóveis do fundo.
É importante pesquisar e entender a política de distribuição de dividendos de um FIIs antes de investir, bem como seus históricos de pagamento de dividendos, para ter uma ideia mais clara de quanto você pode esperar receber como investidor.
Outra dica importante é entender a classificação dos FIIs. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), há 5 tipos de aplicações:
- Desenvolvimento para renda: como imóveis que são adquiridos com o objetivo de gerar renda por meio de aluguéis ou arrendamentos.
- Desenvolvimento para venda: feitos com o propósito de vender os ativos no futuro com lucro;
- Renda: investimentos em produtos de renda fixa, como títulos do governo e CDBs;
- Títulos e valores mobiliários: investimentos em ativos financeiros que são negociáveis no mercado, como títulos corporativos;
- Híbridos: combinam características de mais de uma das categorias mencionadas.
É possível perder dinheiro no fundo imobiliário?
Sim, é possível perder dinheiro em fundos imobiliários. Os principais fatores que levam a perdas são a desvalorização das cotas e a diminuição ou suspensão da distribuição de rendimentos.
O primeiro pode ocorrer devido a eventos adversos no âmbito imobiliário ou econômico, resultando em uma queda no preço das ações.
E o segundo fator se trata de quando os imóveis do fundo enfrentam problemas, como vacância prolongada ou desvalorização. O lucro gerado pode diminuir, afetando negativamente os rendimentos dos cotistas.
Fazer aplicações financeiras exige disciplina para se manter atualizado sobre o mercado.Fonte: GettyImages
Atenção: os fundos imobiliários são investimentos de longo prazo. A volatilidade do mercado pode afetar o valor das cotas no curto prazo. Portanto, é essencial que os investidores estejam cientes dos riscos e considerem seu perfil de investimento ao decidir por FIIs.
É melhor investir em ações ou fundos imobiliários?
A escolha entre investir em ações ou fundos imobiliários depende das metas e do perfil de cada investidor – chamado de “suitability”. As duas opções têm características distintas e desempenham papéis diferentes em uma carteira de investimentos.
As ações representam participação em empresas e estão sujeitas à volatilidade do mercado. Esse tipo de investimento pode oferecer a oportunidade de ganhos expressivos, mas também envolve maior risco.
Por outro lado, os fundos imobiliários são mais estáveis e oferecem ganho regular por meio da distribuição de aluguéis e rendimentos dos imóveis. São adequados para investidores que buscam uma fonte de renda passiva estável e desejam exposição ao mercado imobiliário.
A decisão final deve considerar a diversificação da carteira, os objetivos financeiros e o apetite ao risco de cada investidor – seja conservador, moderado ou arrojado. Muitos optam por incluir ambos em sua carteira para equilibrar riscos e retornos.
Resumindo, os fundos imobiliários são uma forma acessível de injetar capital no ramo de imóveis e podem ser uma opção interessante para quem busca diversificação e renda passiva.
No entanto, é fundamental compreender seus riscos e objetivos antes de destinar seu suado dinheiro. Busque orientação com consultores financeiros experientes e mantenha seu estudos sobre investimento sempre em dia.
Por isso, recomendamos a leitura do artigo “Vale a pena investir no Tesouro RendA+ como opção para a aposentadoria?” para a sua próxima leitura! Nos vemos por lá?
Veja a matéria original no R7
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